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Heitor, um farol

Mariana e Ícaro relatam como a chegada do filho os impactou

Fotos: Acervo pessoal

Com Heitor no colo, Mariana e Ícaro contam sobre sua experiência

Mariana, 20 anos, argiloterapeuta e estudante, estava no segundo período do curso de psicologia antes de receber a notícia da gravidez. Ela é a primeira de uma família de quatro filhos a ingressar na universidade, ou seja: sobre a jovem havia uma grande expectativa sobre o seu futuro.

 

Ícaro, 28 anos, ator de teatro, estava em uma convenção de circo em Goiás, empolgado com a proposta de estudar mímica na Argentina, quando soube por telefone que ia ser pai. Ele admite que ficou apreensivo quando recebeu a notícia, pois entende que ter um filho requer grandes - e dispendiosas - responsabilidades.

 

Apesar do início conturbado, ambos dizem que aprenderam a lidar com a situação: foi necessário um tempo para adquirir autoconhecimento e se conectar com a fase que estavam vivendo. Mas os dois garantem que a chegada de Heitor, há seis meses, mudou a forma de lidarem com as situações do cotidiano.

 

Mariana não trancou o curso de psicologia. Não foi preciso, pois ela teve seu direito garantido pela Lei Nº 6.202 de ter a licença maternidade e assim cumprir com as demandas em casa. Atualmente, está no 4º período e afirma que voltará a trabalhar logo e que, nessas ocasiões, Heitor ficará sob os cuidados do pai, que atualmente se dedica a uma nova peça de teatro. Quando questionamos o casal sobre quando colocarão o menino na creche, Mariana e Ícaro defendem cuidar integralmente do filho até que ele tenha três anos de idade. Para ambos, a primeira infância – período que vai do primeiro ao quinto ano – é primordial para a estrutura emocional da criança.

 

Apesar de ser uma jornada difícil, os pais garantem que o filho foi o melhor presente que eles poderiam receber. Ao terminar o nosso diálogo percebemos que Heitor é, para esse pai e essa mãe de primeira viagem, equivalente a um farol: desde que chegou na família, mostrou uma nova realidade e um novo caminho a ser seguido.

Texto: Sarah Rêgo e Victória Pascoal

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